Hoje, no dia 28 de setembro de 2017, a Rockstar Games lançou o segundo trailer cinemático para seu próximo jogo, Red Dead Redemption 2, que será lançado na primavera de 2018 (outono no Brasil) para Xbox One e Playstation 4. No final do trailer, nos é apresentada uma tela que mostra a arte do título do jogo e, logo abaixo, uma inscrição aonde se lê “Primavera de 2018, encomende agora”.

Já é possível encomendar Red Dead Redemption 2.
Mas porque isso deveria ser um problema? Afinal, ninguém é obrigado a comprar um jogo antes do lançamento. Bem, caro amigo, isso é um problema porque nós ainda não vimos nenhum segundo de gameplay do jogo. E também não temos uma data de lançamento. Pelo que nós sabemos por enquanto, Red Dead Redemption 2 pode ser uma aventura point and click à la Grim Fandango ou Full Throttle – obviamente não será, mas quem sabe?
E mesmo que esse acabe sendo o melhor jogo de todos os tempo, nada justifica comprar um software antes do lançamento. Afinal, diferentemente de um console, não há a menor chance de as cópias esgotarem.

Red Dead Redemption 2 provavelmente será um excelente jogo de mundo aberto no faroeste, mas quem sabe?
E, mesmo assim, a Rockstar decidiu possibilitar a compra antecipada. Caso a empresa obtenha sucesso com essa empreitada – o que provavelmente acontecerá, tendo em vista a sua base de fãs colossal – ficará claro que é possível lucrar a partir da expectativa dos consumidores, e não a partir da qualidade do produto, tornando desnecessário o desenvolvimento de jogos realmente bons, desde que sejam bem divulgados.
Quando a Ubisoft percebeu essa tática, por exemplo, lançou Watch Dogs, Far Cry Primal e Assassin’s Creed Unity – e todos nós sabemos como essa história acabou. Depois das microtransações em jogos full priced, DLCs e atualizações desproporcionalmente grandes no lançamento e season passes, o que menos precisamos é de que mais uma prática desonesta se torne comum na indústria.