Em dezembro de 1993, foi lançado o primeiro jogo da franquia DOOM, que revolucionou o mundo dos videogames trazendo, com gráficos em 2D, mas simulando tridimensionalidade, a experiência mais divertida e sangrenta possível, que futuramente originaria o gênero FPS, um dos mais populares até hoje. Depois de 12 anos do lançamento de DOOM 3, que incorporava elementos de terror e era um remake do primeiro jogo, a id Software produziu um reboot, mas agora muito mais polido e divertido.

A campanha começa em uma instalação em Marte da Union Aerospace Corporation (abreviada UAC), criada para estudar, no planeta, maneiras de solucionar uma crise energética que ocorre na Terra. Tal plano envolve trazer demônios e artefatos do Inferno através de um portal interdimensional para estudá-los. Em uma dessas expedições, foi recuperado um sarcófago que continha Doom Slayer, o protagonista, desacordado, antes aprisionado pelos demônios. Depois da realização de um pacto por Olivia Pierce, uma das cientistas da UAC, os demônios começam um ataque em massa à instalação. Em um momento de desespero, o diretor da empresa acorda Doom Slayer para tentar conter a invasão. O jogo conta uma história pouco profunda, mas magistralmente ressaltada por uma boa trilha sonora e por um gameplay consistentemente divertido, além de uma dublagem ótima.

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A história de DOOM se encaixa perfeitamente no contexto frenético e sangrento do jogo.

Quando joguei pela primeira vez, senti a mesma atmosfera que eu tinha já sentido nos antigos jogos. A mesma insanidade, violência e entretenimento deles, só que agora com belos gráficos. Como grande fã da série DOOM desde seus primórdios, posso dizer que foi feito um trabalho excepcional para recriar tudo dessa maneira.

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A atmosfera criada por DOOM é incrível, mas os cenários podem ser tornar repetitivos.

A jogabilidade é divertida e nada complexa. Como em Wolfenstein, o objetivo em DOOM é correr pelo cenário e matar todo e qualquer demônio. Por mais que esse ato não se torne repetitivo, os mapas são extremamente similares entre si, retratando apenas o Inferno, o que pode cansar o jogador. Além de tudo, o modo multiplayer conta com vários modos. Lá, você pode se apropriar de runas, habilidades que você desbloqueia, e incrementar seus poderes.

Há pouco no jogo a se reclamar. A junção de uma jogabilidade fácil e criativa com vários modos diferentes de jogo funciona muito bem. Os gráficos, por mais que não cheguem perto da fidelidade oferecida pelas versões de PlayStation 4, Xbox One e especialmente PC, são satisfatórios quando considerando o que o Switch se propõe a fazer. A trilha sonora é incrível e talvez seja uma das melhores de todos os tempos, traduzindo em música o ritmo acelerado e frenético da jogabilidade

Apesar de DOOM estar disponível desde 2016 para Xbox One, PlayStation 4 e PC, a versão para Nintendo Switch foi lançada em novembro desse ano. Por ter jogado o jogo em outras plataformas, posso afirmar que não é um ótimo porte, já que, aparentemente, não foi feito um trabalho de adaptação, mas simplesmente uma diminuição da fidelidade gráfica. Espero que, por ter mais tempo em desenvolvimento, a versão de Wolfenstein II para o Switch seja superior.

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A fidelidade gráfica da versão para Switch é claramente bem inferior à da versão para PlayStation 4 e Xbox One.

Conclusão

DOOM é um dos melhores jogos de tiro em primeira pessoa de todos os tempos e prova isso com a convincente atmosfera criada, tão impressionante quanto a criada pelos primeiros jogos da série em seu tempo. É um jogo que todos os gamers deveriam experimentar.


O melhor

  • Jogabilidade frenética
  • Vários modos de jogo multiplayer
  • Campanha incrível
  • Sistema de criação de modos efetivo
  • Trilha sonora cativante
  • Todas as DLCs disponibilizadas gratuitamente

O pior

  • Alguns problemas de performance e fidelidade gráfica no Switch
  • Pouca variedade nos mapas

9/10